Alunos do Colégio Objetivo, com o robô Hipérion, representarão o Brasil na RoboCup 2011, na Turquia

Os alunos Renato Ferreira Pinto Júnior e Wallace Souza Silva, integrantes da equipe Hipérion, representarão o Brasil na RoboCup, competição mundial de Robótica. A edição 2011 ocorrerá de 4 a 10 de julho em Istambul, na Turquia, e envolverá nada menos que 60 países em busca do título de campeão.

Para levar a bandeira do Brasil ao exterior, o primeiro passo foi vencer a modalidade Resgate, nível 2 (Ensino Médio), na fase regional da Olimpíada Brasileira de Robótica, que aconteceu na USP, em setembro. Em uma plataforma de madeira, o robô Hipérion resgatou uma vítima sem contar com qualquer tipo de intervenção humana, movimentando-se milimetricamente, seguindo linhas de orientação e transpondo obstáculos.

Vitoriosos, alunos e robô partiram para a fase final brasileira, realizada com o Campeonato Latino-Americano de Robótica (LARC 2010). O evento, ocorrido de 23 a 28 de outubro em São Bernardo do Campo (SP), reuniu participantes de todos os estados brasileiros e de países latino-americanos.

Além de Hipérion, na modalidade Dança, nível 1 (Ensino Fundamental), o Colégio Objetivo também tem excelentes razões para comemorar: a equipe Ctrl Alt Del, composta por Leonardo Gushiken Yoshitake, Bruna Ianaconi Fusco e os irmãos Amanda e Gabriel Queiroz, conquistou o segundo lugar na fase nacional da RoboCup Jr. O robô Link, de quase 1,5 m, juntamente com os alunos, ganhou a atenção da plateia em uma atuação teatral baseada no musical Hair Spray.

Hipérion na final da OBR

Em uma arena, três salas – duas no piso inferior e uma no superior – e uma rampa compuseram um cenário que propunha o resgate de uma “vítima”. O desenho da cena exigiu um robô com estrutura mecânica eficiente, suficientemente ajustado para subir uma rampa, sem perder o atrito e sem se desviar, e atingir o andar de cima, onde estava o objeto a ser salvo. Para isso, contou-se com a aplicação de diversos conceitos de mecânica, computação e sistemas digitais.

Segundo o professor Luís Rogério da Silva, coordenador dos cursos especiais do Objetivo para as Olimpíadas de Informática e de Robótica, quem monta um robô desse tipo tem de ser extremamente experiente, porque construirá uma máquina que agirá de maneira autônoma, recebendo as informações do cenário e adequando as ações de maneira a livrar-se dos obstáculos e manter-se norteada a resgatar a “vítima”.

O professor explica que, no desafio proposto na fase nacional, o resgate na terceira sala consistiu em uma operação de grande complexidade, pois o robô não recebeu nenhuma orientação prévia sobre a localização da “vítima” e a própria posição em relação a ela, mas, mesmo assim, teve de encontrá-la antes de esgotarem-se oito minutos, e encaixá-la em suas garras, erguê-la e colocá-la sobre o patamar de refúgio.

“Hipérion não só foi campeão como conseguiu, na prova final, vencer gabaritando o jogo, ou seja, sem nenhuma falha, perfeito do início ao fim. Isso é fruto da aplicação de um conjunto de programas complexos que se valem de princípios de inteligência artificial, teoria de controle e, também, de uma construção com princípios de mecânica fina, razões que me deixam à vontade para afirmar que nossa equipe tem, de fato, padrão internacional”, conclui Luís Rogério.

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