Astronomia (IOAA) – Geórgia: Paulo Henrique dos Santos conquista medalha de ouro para o Brasil

“Essa conquista coroou um longo processo de preparação, de aproximadamente dois anos
É emocionante olhar para trás e ver que cada segundo de estudo
valeu a pena e perceber o quão importante foram as pessoas
conhecidas no caminho, que me ajudaram a trazer mais
uma medalha de ouro para o Brasil. Essa preparação
só foi possível graças ao apoio do Colégio Objetivo
aos alunos olímpicos.”

Paulo Henrique dos Santos Silva

Conhecida pelo seu alto nível de dificuldade, a 15ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) exige raciocínio rápido, assim como a integração eficiente de diversas áreas do conhecimento. Paulo Henrique dos Santos Silva, aluno da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Objetivo Integrado, superou os desafios e conquistou medalha de ouro no mundial realizado em Kutaisi (Geórgia), entre os dias 14 e 22 de agosto de 2022.

Foram dias de muita concentração na Geórgia. Paulo participou de provas de análise de dados, uma prova teórica e duas provas observacionais.

“Na prova de observação noturna, tínhamos que manusear o telescópio fornecido para realizar as análises. Na diurna, foram cobrados o uso de mapas do céu e a identificação de estrelas e objetos do céu profundo, incluindo o conhecimento de catálogos.”

A IOAA é um evento anual para alunos do Ensino Médio de alto desempenho de todo o mundo. Em 2022, participaram cerca de 300 estudantes de 45 países. O objetivo da competição é disseminar a Astronomia no ensino básico para fomentar o conhecimento em nível internacional, a fim de construir, no futuro, cooperação na área entre jovens estudiosos.

O professor Júlio César Klafke, responsável pelas aulas especiais do Colégio Objetivo para olimpíadas científicas de Astronomia e líder da delegação brasileira na IOAA, comenta que a competição foi acirrada. “Tanto as provas apresentaram um nível de dificuldade maior que o esperado, como o processo de moderação foi complicado. Na moderação, os líderes dos países verificam se as correções foram feitas adequadamente. Todos os nossos alunos estão de parabéns, pois se esforçaram ao máximo durante todo o processo de seleção, treinamentos e atuaram com bastante maturidade nas provas”, afirma.

Paulo conta que participar da IOAA foi uma das melhores experiências que já teve. Essa foi a primeira vez que ele viajou para fora do Brasil. “Conheci mais sobre a Geórgia e a sua história milenar, com paisagens e construções fantásticas, como igrejas e castelos, e até aprendi algumas palavras em georgiano. Conversamos com equipes de diversos países, fizemos vários amigos e nos divertimos muito, especialmente na festa cultural, em que cada país mostrou um pouco de sua tradição, cada uma com sua língua e cultura, o que ampliou minha visão de mundo”, comenta.

Conquistar uma vaga para compor a delegação brasileira na IOAA não foi fácil. Os estudantes são selecionados pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Paulo Henrique conseguiu uma vaga em meio a mais de 1,1 milhão de participantes. Após ganhar medalha de ouro na OBA, ficou entre os 140 melhores no processo seletivo on-line.

Na fase seguinte, também realizada on-line, classificou-se entre os 40 primeiros. Na grande final, as provas ocorreram durante duas semanas em Vinhedo, na Casa Siloé. O estudante conta que participou de aulas, atividades práticas e avaliações feitas por meio de listas semanais de exercícios, provas teóricas e de planetário, carta celeste, observação com telescópios e análise de dados. Depois de ter sido selecionado, também fez parte de sua preparação para a IOAA a realização de provas de competições anteriores, como simulados.

Disciplina, dedicação, criatividade…

Mas não é por acaso que surge um campeão. Afinal, estudar não é uma tarefa fácil. Requer disciplina, dedicação, criatividade, imaginação e superação. Com Paulo não foi diferente.

O interesse pela área da Astronomia surgiu no Ensino Fundamental, quando participou da OBA. “Na época, assistia a vídeos no YouTube que pudessem, de alguma forma, me ajudar com os estudos e no preparo para a prova. Foi assim que conquistei minha primeira medalha de ouro”, lembra.

Com ótimos resultados e uma medalha de ouro no peito, disputou uma vaga na seletiva para o desafio internacional em 2021. Conquistou uma vaga para representar o Brasil na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Competindo com 79 alunos de 16 países, ganhou medalha de ouro e a melhor nota na prova teórica individual.

“A diferença mais notável é o nível de dificuldade, havendo um grande salto da latino-americana para a internacional. O número de questões é maior e elas são mais complexas, exigindo grande capacidade para interpretar fenômenos astronômicos. Além disso, a IOAA cobra conteúdos mais relacionados à Astrofísica, enquanto a OLAA também exige conhecimentos de astronáutica e lançamento de foguetes”, explica.

Sobre o futuro, Paulo planeja cursar Engenharia Elétrica em uma universidade pública por meio de uma vaga olímpica e sonha ingressar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), considerada a melhor universidade do mundo pelo ranking QS World University Rankings 2022.

Seu próximo desafio será obter a classificação para a Olimpíada Internacional de Física (IPhO), precisando para isso ficar entre os cinco primeiros colocados no Torneio Brasileiro de Física (TBF).

Parabéns, Paulo Henrique! Estamos na torcida!

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