É ouro! Paulo Henrique dos Santos na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA)

É ouro! Paulo Henrique dos Santos na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA)

O Colégio Objetivo Integrado confirmou mais uma vez sua tradição de conquistas em olimpíadas científicas internacionais, nas quais são testados conhecimentos e habilidades em diversas disciplinas. Paulo Henrique dos Santos Silva, aluno da 1.a série do Ensino Médio, conquistou medalha de ouro na 13.a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Competindo com 79 alunos de 16 países, é dele também a melhor nota na prova teórica individual.

“Senti uma felicidade indescritível ao ver meu nome entre os medalhistas de ouro e fui à loucura ao receber o prêmio de melhor prova teórica individual. Estou orgulhoso por ter representado bem o Brasil junto aos meus colegas de equipe”, comemora.

A competição foi organizada pelo Peru e ocorreu entre os dias 25 de outubro e 10 de novembro de 2021, de forma totalmente virtual, em razão da pandemia do coronavírus.

“O resultado refletiu um ano intenso de esforço e dedicação aos estudos, num trabalho conjunto de alunos e professores – em especial do professor Júlio Klafke ao qual tenho muito a agradecer por ter-me introduzido na Astronomia”, comenta.

Os estudantes foram desafiados em questões que exigiram conhecimentos em mecânica celeste, fotometria, telescópios, astronomia de posição, observação do céu e lançamento de foguetes.

Liderados pelos professores Júlio César Klafke, responsável pelas aulas especiais do Colégio Objetivo para olimpíadas científicas, e Eugênio Reis, do Observatório Nacional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a equipe brasileira formada por cinco estudantes participou de uma prova teórica individual, de um exame teórico por equipes multinacionais, de uma prova observacional e uma avaliação simulada de foguetes envolvendo equipes de alunos de vários países.

“As questões não estavam tão difíceis, mas eram trabalhosas. Por isso, acredito que o maior desafio foi terminar a prova a tempo, o que consegui faltando alguns minutos para o final. Na prova observacional, tivemos que identificar estrelas, constelações e objetos de céu profundo em imagens produzidas pelo software Stellarium, que permite observar o céu, simulando um telescópio”, afirma Paulo.

Para líderes e co-líderes das equipes, observadores e, sobretudo, para a organização do evento, a 13.a OLAA também ofereceu vários desafios logísticos por conta da modalidade virtual. “Foram duas semanas muito intensas na organização e correção das provas e, embora tivéssemos adquirido bastante experiência com a modalidade na edição de 2020, sempre surgem novos desafios a serem superados”, comenta Júlio Klafke.

O professor conta que foi muito gratificante ver a participação, pela primeira vez, da Costa Rica, El Salvador e Venezuela na competição e de Belize, representada por um observador. “A OLAA vem se consolidando ano a ano e tem servido de incentivo para que mais países latino-americanos desenvolvam suas próprias olimpíadas nacionais, condição necessária para que participem da OLAA.

No Brasil, a seleção das equipes para competições internacionais de Astronomia é feita a partir da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Paulo Henrique conquistou o ouro competindo com mais de 9 mil estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares de todos os estados do país. O jovem se classificou entre os 140 melhores na primeira seletiva.

“Na segunda fase, tradicionalmente realizada em Barra do Piraí antes da pandemia, consegui me classificar entre os 40 primeiros. Houve, então, uma seletiva final para a formação das equipes para as olimpíadas internacionais”, explica.

Além de realizarem as provas, os estudantes participaram de várias atividades acadêmicas e tiveram a oportunidade de conversar e tirar dúvidas com o cosmonauta russo Alexander Lazutkin. Também assistiram a apresentações sobre astronomia inca e fizeram um passeio virtual pelo mais antigo observatório astronômico das Américas, El Observatorio Solar Chankillo, com 2,3 mil anos de existência. Deixaram ainda mensagens e recados para o futuro na “Máquina do Tempo”. Esse repositório de mensagens será aberto daqui a 100 anos.

“Foi uma experiência única. Conheci um pouco mais sobre a cultura dos países latino-americanos, em especial do Peru, país que organizou a Olimpíada. Descobri coisas que não imaginava. Os participantes dos outros países foram muito simpáticos e fizeram de tudo para que pudéssemos nos comunicar durante as atividades em grupo, o que tornou a experiência ainda mais incrível”, comenta o aluno.

Fascinado por Astronomia, Paulo Henrique explica seu interesse pela ciência: “A Astronomia tem o poder de nos aproximar de objetos que estão tão distantes de nós, como estrelas ou galáxias, permitindo entender, explicar e prever fenômenos tão deslumbrantes quanto uma supernova — explosão estelar poderosa e luminosa.”

Aluno do Colégio Objetivo desde o 6.o ano do Ensino Fundamental, o estudante conta que seu interesse por olimpíadas científicas surgiu no ano passado, quando ganhou sua primeira medalha. Desde então, não parou mais de competir. Em 2020 e 2021 conquistou ouro na OBA e na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC); em 2020, ouro na Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) e na Olimpíada Brasileira de Física (OBF).

“Resolvi participar, em parte, porque gosto de desafios, mas também porque as olimpíadas me deram a oportunidade de me conhecer melhor e decidir o que quero fazer no futuro. Elas me ajudam muito nos estudos, pois boa parte do conteúdo cobrado cai na escola e nos vestibulares”, conta o jovem que pretende cursar Engenharia no MIT.

Para os alunos que desejarem seguir os seus passos, Paulo Henrique dá uma dica importante: “organize sua rotina diária de estudos”. “Hoje, mais do que nunca, há diversos materiais disponíveis, desde videoaulas até livros teóricos e de exercícios, que formam a base de uma boa preparação. Também é importante fazer as provas anteriores, como um simulado, para se acostumar ao nível das questões e aprender a administrar o tempo. É fundamental manter a autoconfiança e acreditar que todo tempo gasto estudando será recompensado, talvez não por uma medalha, mas pelo crescimento pessoal, aprendizado e a preparação para provas mais complexas de vestibulares.”

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