Luã de Souza Santos é bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia (IOAA) na Hungria

O aluno da 3.ª série do Ensino Médio do Colégio Objetivo Integrado Luã de Souza Santos acaba de conquistar seguidamente três medalhas para o Brasil em olimpíadas científicas. Emendando uma competição na outra, Luã, que tem 17 anos, conquistou bronze na Olimpíada Europeia de Física (EuPho), realizada entre 31 de maio e 5 de junho, em Riga (Letônia). Em seguida, de 6 a 13 de julho participou do Torneio Internacional de Jovens Físicos (IYPT), em Varsóvia (Polônia), ganhando prata. Sua última conquista foi a medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), que ocorreu de 2 a 10 de agosto, em Keszthely (Hungria). Foi dele também a melhor nota da delegação brasileira na 13.ª IOAA.

A edição deste ano reuniu 254 estudantes de 46 países, incluindo a Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, vários países do Leste Europeu, do Oriente Médio e da Ásia. A América Latina foi representada pelo Brasil, Colômbia, Equador e México.

Os participantes realizaram provas de análise de dados, teórica, observação do céu, planetário e em grupo.

“A IOAA começou com uma prova de nível bastante alto de análise de dados e observação do céu real, com telescópios e cartas celestes. Depois, houve a prova teórica individual, a prova de reconhecimento em céu simulado (Planetário), que também teve uma boa cota de trabalho com cartas celestes, e a prova por equipes multinacionais, formada por cinco jovens de diferentes nações”, explica Júlio César Klafke, líder pedagógico dos estudantes na IOAA.

Conhecida pelo seu alto nível de dificuldade, a IOAA exige raciocínio rápido, devido ao tempo relativamente curto para a resolução das questões, assim como a integração eficiente de diversas áreas do conhecimento.

“A prova de análise de dados teve duas questões com gráficos e tabelas para usar na resolução dos problemas. Uma delas foi a mais difícil de todas: eu tinha que descobrir toda a geometria de um sistema composto por três estrelas, sabendo apenas o momento em que elas se eclipsavam”, comenta o estudante.

Luã conta que a prova teórica tinha 14 questões. A maior dificuldade foi o fator tempo. “São cinco horas de prova para fazer todas as questões e, claro, se fosse fazer todas com calma, precisaria de muito mais tempo. A prova de observação foi ainda mais corrida.”

 

O Brasil e a Astronomia

É a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) que seleciona os estudantes para as competições internacionais. A primeira fase ocorre anualmente em todo o País e envolve mais de 770 mil estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de escolas públicas e particulares. Luã foi medalha de ouro na OBA.

Para conquistar a vaga e competir na fase internacional, o aluno participou de uma maratona de estudos, realizou provas online e exames presenciais em Barra do Piraí (RJ) e Vinhedo. A cada fase avançada, o nível de exigência e de conhecimento era maior.

Esta não foi a primeira vez que o aluno representou o Brasil no assunto Astronomia. No ano passado, Luã conquistou medalha de ouro e o prêmio especial de Melhor Prova Observacional na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), realizada em Ayolas (Paraguai).

“Luã se esforçou muito. Aluno muito focado nos seus objetivos, um verdadeiro olímpico”, comenta o professor Júlio César Klafke.

Luã elegeu a IOAA como a sua olimpíada preferida. “A IOAA foi de longe a minha favorita. No final, todo mundo voltou com uma viagem incrível para lembrar. Tivemos bastante tempo para conversar com as pessoas de outros países e nos habituarmos ao local,” afirma o estudante.

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