Olimpíada Internacional de Física: Gustavo Haddad e Cássio dos Santos conquistam bronze na Croácia

A 41ª International Physics Olympiad (IPhO), realizada na Croácia de 17 a 25 de julho, marcou duas importantes conquistas para o Colégio Objetivo. Gustavo Haddad Francisco S. Braga e Cássio dos Santos Sousa retornaram ao Brasil trazendo medalhas de bronze.

“O desempenho do Gustavo é impressionante, pois ele é da 2ª série do Ensino Médio, e nunca, em toda a história da IPhO, um estudante da 2ª série foi classificado. Cássio está confirmando uma trajetória de sucesso, com muitas medalhas, desde o Ensino Fundamental, e coroou suas participações defendendo o Brasil na IPhO”, comenta Ronaldo Fogo, coordenador das turmas olímpicas de Física do Objetivo.

Gustavo e Cássio competiram com cerca de 300 estudantes de 80 países, muitos deles tradicionais em participações na IPhO, considerada a mais desafiadora entre todas as olimpíadas científicas existentes no mundo.

“O conteúdo das provas foi bem abrangente, e todo ponto fazia diferença para obter bons resultados. Ter conseguido medalha de bronze foi uma completa surpresa para mim”, afirma Cássio, aluno da 3ª série do Ensino Médio.

Esta foi a primeira vez que todo o time recebeu medalhas, sendo um dos melhores resultados do Brasil na competição. “Os cinco estudantes ganharam bronze. Foi um desempenho fantástico, comparando, por exemplo, com Portugal, que teve uma menção honrosa apenas, ou com o México, que não ganhou nada”, comenta o professor Ronaldo.

Classificação
Para chegar à IPhO, Gustavo e Cássio submeteram-se desde 2008 a uma rígida rotina de exames e estudos. A seleção inicial foi feita na edição 2008 da Olimpíada Brasileira de Física (OBF), que escolheu os melhores participantes das 1ª e 2ª séries do Ensino Médio. Na fase final, realizada no primeiro semestre de 2010, 16 estudantes foram submetidos a mais um teste no Instituto de Física da USP São Carlos, que classificou cinco para o mundial.

“Apesar do nível de dificuldade das provas, eu estava muito bem preparado, graças à intensa rotina de estudos diários e ao grande apoio fornecido pelo Objetivo, com aulas especiais de preparação para olimpíadas nacionais e internacionais”, comenta Gustavo Haddad, que também participará da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, em setembro deste ano, na China.

“A IPhO foi bastante enriquecedora em diversos aspectos. Fiz amizade com os mais brilhantes estudantes de ensino secundário de todo o mundo, que têm interesses semelhantes aos meus. Além disso, acabei me encontrando com colegas que conhecia de outras competições internacionais das quais participei. Foi muito proveitoso, pois pudemos comparar nossa evolução na área da Física e, é claro, matar as saudades”, comenta Gustavo.

Comprometimento e dedicação
É tradicional a participação de alunos do Colégio Objetivo em olimpíadas internacionais. Em 2008, por exemplo, o aluno Guilherme Victal da Costa ganhou a primeira medalha de prata para o Brasil na IPhO, realizada em Hanói (Vietnã).

“Tenho uma posição muito clara sobre a importância das olimpíadas de conhecimento. O aluno-atleta pode se expressar nas competições esportivas; aquele com talento para artes e música mostra seu trabalho nos grupos de teatro e festivais musicais. Qual o motivo para o estudante que adora Física e Ciências em geral não poder se manifestar nas olimpíadas científicas? Nada mais justo. O Brasil não pode dar-se ao luxo de desperdiçar talentos. No Objetivo, há muito tempo eles são valorizados e estimulados”, afirma Ronaldo.

Para quem deseja ter bons desempenhos nessas competições, Cássio dá algumas dicas: “Um bom aluno não pode satisfazer-se apenas com a informação que lhe chega, ele deve procurar sempre mais. Um aluno olímpico tem de estar preparado, antes de tudo, para algo que realmente queira aprender e estar disposto a se dedicar muito, jamais esperando resultados imediatos. No mais, ele deve se divertir com o que faz e com o que descobre. Ao final, bons resultados sempre chegarão.”

Galeria de Fotos