Ouro e prata para Ivan Tadeu nas Olimpíadas Internacionais de Física, de Linguística e de Astronomia
O aluno da 3ª série do Ensino Médio, do Colégio Objetivo Integrado, Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, acabou de conquistar , seguidamente, nada menos que três medalhas para o Brasil em olimpíadas científicas. Emendando uma competição na outra, ele, que tem apenas 17 anos, participou, de 13 a 25 de julho, da Olimpíada Internacional de Física, realizada na Estônia, onde conquistou medalha de ouro; logo em seguida, o aluno partiu para a Eslovênia, para competir, de 29 de julho a 4 de agosto, na Olimpíada Internacional de Línguística, ganhando medalha de prata; depois, de 6 a 14 de agosto, foi ao Rio de Janeiro conquistar medalha de prata na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica.
Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA):
O Colégio Objetivo confirmou mais uma vez sua tradição de conquistas em competições internacionais, nas quais são testados conhecimentos e habilidades em diversas disciplinas. Na 6ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), Ivan também saiu-se muito bem, conquistando medalha de prata.
Mas esta não foi a primeira vez que ele representou o Brasil no assunto Astronomia: no ano passado, conquistou medalha de bronze na edição realizada na Polônia.
Conhecida pelo seu alto nível de dificuldade, a IOAA exige raciocínio rápido, devido ao tempo relativamente curto para a resolução das questões, assim como a integração eficiente de diversas áreas do conhecimento.
São propostas três modalidades de provas: teórica, na qual os participantes deverão resolver problemas de astronomia e astrofísica; observacional, em que deverão demonstrar os conhecimentos sobre o céu; e a prova prática, em que utilizarão e interpretarão dados como um astrônomo profissional.
Reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU), a edição desse ano reuniu 32 países. No Brasil, os estudantes são selecionados na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), disputada anualmente desde 1998. Ivan Tadeu garantiu sua vaga na internacional ao conquistar medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia 2011.
Olimpíada Internacional de Física (IPhO):
A IPhO é uma das competições mais tradicionais e desafiadoras entre as olimpíadas científicas internacionais. Para se ter uma ideia, a edição deste ano reuniu cerca de 400 alunos de 81 países. Os estudantes foram avaliados por meio de exames teóricos e experimentais.
A prova teórica apresentou três questões para serem resolvidas em cinco horas. Também com o mesmo tempo, a prova prática ofereceu dois experimentos: um de circuitos elétricos – que consistia em uma “caixa preta” com elementos de circuito que precisavam ser descobertos e analisados – e outro que misturava conceitos de óptica e propriedades magnéticas da água.
Segundo Ronaldo Fogo, coordenador dos cursos especiais de Física do Objetivo, as provas deste ano foram das mais complexas de todos os tempos. A própria nota de corte foi muito baixa, o que representa o enorme grau de dificuldade. Ivan Tadeu saiu-se bem em tudo isso. “Seu desempenho superou a atuação estudantes de 66 países, entre eles, franceses, ingleses, italianos, holandeses, espanhóis e canadenses”, comenta o professor.
Mas essa não foi a primeira bela atuação de Ivan na IPhO: no ano passado, ele também fez parte do seleto grupo de medalhistas brasileiros, trazendo o bronze para casa.
Olimpíada Internacional de Linguística (IOL):
Ivan Tadeu representou com glória o Brasil na Olimpíada Internacional de Linguística, realizada na Eslovênia. De lá ele trouxe medalha de prata.
Participaram 131 competidores, de 34 times, representando 26 países. A prova individual consistiu na resolução de problemas sobre cinco línguas: Dyirbal, Umbu-Ungu, Basco, Teop e Rotuman. Já a prova em grupo versou sobre a língua Laociana. (veja detalhes em http://www.ioling.org/problems/2012/).
As Olimpíadas de Linguística exigem dos estudantes um intenso trabalho lógico para montar estruturas implícitas e perceber padrões que podem envolver diferentes sons, composições sintáticas, sistemas conceituais, ligações culturais e históricas entre diferentes línguas. “O foco principal das questões é a lógica, tanto que não é necessário conhecimento prévio para resolver as questões”, explica Ivan.
A primeira questão foi sobre a formação de frases em Dyirbal. Era necessário perceber como se dava a formação de adjetivos, sem esquecer que havia três classes nominais diferentes, diferenciadas por gênero e toxidade (animais peçonhentos e não peçonhentos); a segunda questão foi sobre o sistema numérico da língua Umbu-Ungu, da família trans-Nova Guiné. O estudante teve que levar em conta que era utilizado um sistema de bases 4 e 24, com regras especiais para números menores que 32; o terceiro problema tratou da língua Basca, tendo grande enfoque no fato do Basco possuir dois sistemas pronominais diferentes e possuir o caso ergativo, específico da língua, assim como o Português possui sujeito e objeto.
A quarta questão, sobre Teop, língua pertencente à família austronésia, tratou também sobre formação de frases, dando ênfase nos casos específicos em que os artigos eram utilizados. Por fim, a quinta questão foi sobre a língua Rotumana. Perguntava-se sobre a formação de palavras, tendo ênfase nos significados e processos de formação de locuções.
Do Brasil para a Eslovênia…
Para chegar à edição internacional, Ivan conquistou medalha de ouro e melhor nota na edição brasileira, a OBL 2012.
Constituída de duas fases: a primeira, realizada em 63 escolas, de 18 estados da federação no mês de março, versou em uma prova com questões sobre Esperanto, Carioquês e Alfabeto Fonético Internacional, Verbos Télicos, Tengwar, harmonia vocálica em Turco e árvore genealógica. A segunda ocorreu em maio, em Águas de São Pedro (SP), e reuniu cerca de 60 alunos que se destacaram na fase anterior. Participando de provas individuais e trabalhos em equipes, eles solucionaram problemas e desafios, participando de oficinas de Linguística.
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