RoboCup 2011: alunos colocam Brasil em primeiro lugar mundial no estudo da Robótica

Alunos do Colégio Objetivo conquistam a máxima premiação na RoboCup, maior olimpíada de Robótica do planeta, realizado na Turquia. Renato Ferreira Pinto Júnior e Wallace Souza Silva garantiram o primeiro lugar na modalidade Resgate, prova de equipe individual. Em segundo lugar, ficou o Japão e, em terceiro, a Alemanha.

De 4 a 10 de julho, Istambul, na Turquia, abrigou delegações de mais de 60 países, inclusive a do Brasil, na RoboCup 2011. Mais de 4 mil participantes colocaram seus conhecimentos à prova, mas o melhor resultado como equipe individual ficou mesmo para o Brasil. A premiação veio graças à atuação de dois estudantes do Colégio Objetivo, Renato Ferreira Pinto Júnior e Wallace Souza Silva, integrantes da equipe Hipérion.

“Essa premiação coloca o Brasil como campeão absoluto na categoria (equipe individual) e inaugura uma nova época. A partir de agora, nessa modalidade, a Robótica brasileira dita novos paradigmas de construção e programação, algo que nunca havia acontecido antes em qualquer nível da competição, Júnior ou Sênior”, explica Luís Rogério da Silva, líder da equipe e coordenador dos cursos especiais do Objetivo para as olimpíadas de Informática e de Robótica.

Competindo pela modalidade Resgate, em três dias de provas, totalizando nove rodadas, Renato e Wallace tiveram de programar um robô – que leva o nome de Hipérion – para cumprir a tarefa de salvar vítimas. Com a aplicação de diversos conceitos de mecânica, computação e sistemas digitais, o robô foi projetado com uma estrutura mecânica de tal forma eficiente a ponto de, sem nenhuma intervenção humana e com movimentos milimétricos, conseguir subir uma rampa, atingir o andar superior e salvar seu objeto. O Hipérion pesa apenas 2,5 kg, mas possui uma dezena de motores e cerca de 20 sensores. Entre eles, estão os de ultrassom e infravermelho até bússolas digitais e acelerômetros.

Não deu outra. A equipe brasileira alcançou o primeiro lugar, superando tradicionais equipes que costumeiramente despontam em torneios científicos, tais como as japonesas e alemãs, que obtiveram, respectivamente, segundo e terceiro lugares.

 “O Hipérion não só foi campeão como conseguiu, na última rodada, superar a equipe japonesa ao gabaritar a prova, ou seja, cumpri-la sem nenhuma falha, perfeito do início ao fim. Isso é fruto da aplicação de um conjunto de programas complexos, que se valem de princípios de inteligência artificial, teoria de controle e, também, de ajustes mecânicos precisos, razões que me deixam à vontade para afirmar que essa equipe tem mesmo padrão internacional”, complementa o professor Luís Rogério.

O caminho que levou os brasileiros à RoboCup 2011
Para chegar ao excelente resultado que viabilizou a classificação para competir na RoboCup 2011, Renato e Wallace venceram primeiramente na fase regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), ocorrida no Instituto de Matemática e Estatística da USP (IME), em setembro de 2010. Em uma plataforma de madeira, o robô Hipérion resgatou uma vítima sem contar com qualquer ajuda externa, seguindo linhas de orientação e transpondo obstáculos.

Vitoriosos, alunos e robô partiram para a fase final nacional, realizada junto com o Campeonato Latino-Americano de Robótica (LARC 2010). O evento, ocorrido em outubro, no Centro Universitário FEI, em São Bernardo do Campo (SP), reuniu participantes de todos os estados e de países latino-americanos.

Lá, uma arena abrigou uma instalação (semelhante a uma maquete) que continha três salas (duas no piso inferior e uma no superior) e uma rampa, compondo um cenário que propunha o resgate de uma vítima para, assim, chegar à vitória.

Retrospectiva RoboCup 2009: Brasil alcança premiação inédita

Graças à atuação de quatro alunos do 9º ano do Colégio Objetivo na RoboCup 2009, realizada na Áustria, o Brasil conquistou o título de campeão mundial na categoria Super Team e o prêmio de melhor programação, superando equipes de 16 países.

Eles competiram na modalidade Primary Dance – Super Team. Os estudantes apresentaram um robô que executou coreografia ao som de É uma partida de futebol, do grupo Skank, ganhando aplausos de todas as nações presentes.

Pela regra do campeonato, além dessa apresentação individual da equipe, por meio de um sorteio, os participantes tiveram de unir-se em grupos compostos por três países, o Super Team. O Brasil formou time com o Canadá e com a Eslováquia.

Nesse novo time, a proposta foi programar os robôs dos três países, para que,
sincronizadamente, executassem uma coreografia, planejada em apenas 24 horas. “Tal como os brasileiros, os canadenses e os eslovacos tinham pouca tradição na RoboCup, mas a atuação foi esplêndida, porque unimos nossas forças. Desde o início até os ajustes finais, muitos desafios fizeram parte da conquista: sucessivas montagens, ajuste da parte mecânica, finalização da coreografia, apresentação técnica para a bancada de jurados e a dificuldade de comunicação entre as equipes, uma vez que os eslovacos não falavam inglês”, explica o professor Luís Rogério.

Ainda segundo ele, nas apresentações, o júri avaliou a maturidade, a capacidade colaborativa e a destreza em Robótica de cada Super Team. Na apresentação brasileira, todos esses requisitos foram preenchidos.

Galeria de Fotos

Matrículas abertas!
Venha conhecer o Objetivo.