RoboCup Jr: alunos do Objetivo conquistam prêmio de melhor equipe no mundial de robótica virtual

Parabéns à equipe Defenders, formada por alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Objetivo, pela conquista do prêmio Best Team Spirit Award, nível Rescue Maze, no RoboCup Junior Virtual Presentation Event 2020. Reunindo equipes de todo o mundo, Defenders foi a única brasileira premiada na competição.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, a RoboCup Junior – maior competição de robótica do mundo, que reúne as melhores equipes de cada país – foi adiada para junho de 2021. Os organizadores, contudo, promoveram uma versão on-line do evento, que seria realizado em Bordeaux (França), com a proposta de estimular o desenvolvimento e estudo da robótica nas escolas, mesmo que a distância.

Rescue Maze é a modalidade em que o robô, completamente autônomo, recebe uma tarefa de resgatar vítimas sem interferência humana em um ambiente hostil e perigoso. O desafio proposto aos alunos foi produzir e enviar um vídeo de 10 minutos, em inglês, à comissão organizadora, contendo depoimentos e explicações sobre como foram realizados o trabalho em equipe, as estratégias e as soluções técnicas para o desenvolvimento do projeto.

A equipe formada pelos alunos Carolina Figueiredo Backes Costa, João Pedro Garbelini Bello, Enzo Marques Rodrigues Viola e Júlio Iten, supervisionados pelo professor Vinicius Nicassio Ferreira, tem muito a comemorar. Segundo consta no site do RoboCup Junior Virtual Presentation Event (rescue.rcj.cloud/events/2020/virtual/award.html), o prêmio foi concedido para o grupo pela “demonstração clara do trabalho em equipe, que apresentou a separação distinta de funções técnicas e de como cada membro aprendeu novas habilidades e superou problemas.” No endereço, é possível ver o vídeo premiado.

“O principal desafio da competição foi manter todos motivados mesmo que em casa. Os trabalhos continuaram desde o primeiro dia de quarentena. Foi um estímulo para que criássemos novas maneiras de interação entre os alunos e ensinássemos novas ferramentas para o compartilhamento de informações e conhecimentos. Mesmo com o cancelamento das competições presenciais, continuamos nosso trabalho, inovando para que os alunos sigam crescendo e aprendendo”, comenta o professor Vinicius Ferreira.

O professor Almir Brandão Júnior, coordenador do curso de Robótica do Objetivo para as olimpíadas científicas nacionais e internacionais, conta que o uso da tecnologia foi fundamental para a comunicação e continuidade dos projetos. 

“O grande desafio foi lidar com as pistas, que medem de 6 ou 8 m2 e são complicadas de desmontar. Quando era necessário testar o robô na pista, os professores levavam para o Objetivo Teodoro e, pela Internet, os alunos testavam e ajustavam a programação do robô de suas casas, em total segurança. O resultado foi incrível. Muito motivador. Mostra que estamos no caminho certo e alinhados com a elite da robótica mundial”, comemora Almir Brandão.

Com a palavra, os alunos…

Carolina Figueiredo Backes Costa, 15 anos, 2ª série do Ensino Médio
Responsável pela mecânica e pela eletrônica do robô.

“O torneio foi interessante, com uma proposta bem aberta, possibilitando a participação de qualquer equipe, incluindo a nossa, independentemente da classificação ou não para o mundial deste ano. Para mim, o maior desafio foi a realização dos testes, como eu estava com o robô, essa foi uma das minhas responsabilidades, incluindo a necessidade de improvisação de uma pista, já que não podíamos usar a da escola devido ao isolamento social. Além de precisarmos agilizar o projeto, já que tínhamos somente uma semana para gravar e enviar o vídeo. Considero o resultado um pouco surpreendente devido ao fato de sermos a única equipe brasileira a ser premiada nessa competição.

Um evento on-line de robótica chega a ser inesperado pela necessidade da parte prática, mas como essa situação que passamos é inédita, foi necessário adaptações. A edição da Competição Latino-Americana de Robótica (LARC) deste ano, também será virtual. Essa experiência deve ajudar na próxima competição que temos pela frente.”

João Pedro Garbelini Bello, 16 anos, 2ª série do Ensino Médio
Programador de Raspberry Pi, é um dos dois controladores do robô, focado na construção de mapa da pista e no controle de decisões e ações do robô.

“O torneio foi muito bacana, principalmente a ideia de trazer algo on-line como substituição do presencial, que foi cancelado. O fato de nós termos uma semana para a produção do vídeo foi o maior desafio. Quando recebemos a notícia de que iríamos competir no mundial on-line e tínhamos uma semana para fazer o vídeo, ficamos todos em choque.

Nós estamos acostumados com a competição prática em que o robô teria uma pista para realizar com tempo, pontuação etc. Já no evento on-line é diferente por não ter essa mesma pegada de ser a mesma pista para todos os times ou o mesmo objetivo a ser realizado. Foi-nos dada a liberdade de mostrar no vídeo o que nós quiséssemos e não necessariamente como seria na prática um robô fazendo a pista.”

Enzo Marques Rodrigues Viola, 16 anos, 3ª série do Ensino Médio
Programador de microcontrolador Arduino Mega, realiza as leituras de distância, reconhecimento de cor sob o robô e o controle de movimentação. Responsável também pela comunicação entre o Arduino e o Raspberry Pi.

“Para mim foi uma novidade, pois havia participado apenas de competições presenciais e, pela primeira vez, com todas as equipes trabalhando em suas casas, a competição ­on-line fez com que cada participante tivesse que vencer empecilhos e dificuldades.

O maior desafio enfrentado por nossa equipe foi a reestruturação quase completa do robô e da lógica tanto de comunicação quanto de leitura de distância, uma vez que trocamos os sensores de distância ultrassônicos pelos sensores a laser. Também houve a dificuldade da distância, que impedia o teste com todos manuseando robô. Realizávamos os testes remotamente.

No início estava muito difícil gerenciar os códigos e testes, mas durante o isolamento fomos aprendendo a driblar os empecilhos. Essa experiência gerou muito aprendizado a todos nós, pois conseguimos organizar de um modo mais simples e fácil tudo que envolve nosso robô, e isso poderá ser utilizado com a volta das aulas presenciais.”

Júlio Iten, 13 anos, 8º ano do Ensino Fundamental
Responsável pelos códigos dos motores do robô e pelo projeto da placa do Raspberry Pi.

“A competição foi um grande desafio. Tivemos que trabalhar duro durante a quarentena para conseguirmos ganhar o torneio. Eram várias ‘modalidades’ é nós ganhamos o de trabalho em equipe e adaptação durante o período de isolamento. Realizamos encontros on-line algumas vezes por semana para fazer os testes e arrumar o que precisávamos. Para participarmos da competição, fizemos um vídeo apresentando o robô e explicando qual era a função e as dificuldades que teve cada integrante da equipe.”

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